Roraima teve redução de 32,35% no quantitativo de mortes violentas registradas entre os meses de janeiro a novembro de 2024 em comparação ao mesmo período do ano passado. Em 2024 foram 115 mortes, já em 2023 o número era 170 — ou seja, 55 mortes a menos. Os dados são do Sistema Nacional de Informações de Segurança Pública (Sinesp), do Ministério da Justiça, atualizados nessa segunda-feira (16).
📋 Metodologia: o levantamento considera os dados do Sinesp que são fornecidos pelas 27 unidades federativas ao Ministério da Justiça. Segundo a pasta, os estados de Alagoas, Mato Grosso, Pernambuco e Rio de Janeiro não haviam enviado os dados por completo até a última atualização.
A redução foi apontada pela Secretaria Estadual de Segurança Pública, do governo. São contabilizadas no levantamento: vítimas de homicídios dolosos (incluindo os feminicídios), latrocínios (roubos seguidos de morte) e lesões corporais seguidas de morte e homicídios decorrentes de violência policial, tecnicamente classificados como “morte por intervenção de agentes do estado”.
Em Roraima, os índices de crimes em 2024 apontam que:
- Os casos homicídio doloso lideram o ranking de mortes violentas, com 92 casos. Já as mortes por lesão corporal seguida de morte foram o menor índice, com 3 vítimas;
- Foram registradas 7 mortes por intervenção policial;
- Já os casos de latrocínio, o levantamento contabilizou 6 mortes.
O índice de mortes por 100 mil habitantes em Roraima é de 17,50 — menor que a nacional de 20,44. No cenário nacional, o Brasil teve queda de 7,16% no número de crimes violentos no período analisado.
No ranking dos estados pela taxa de assassinatos a cada 100 mil habitantes, Roraima ocupa a 20ª posição. Os estados que lideram a lista são Amapá (45,79), Bahia (40,51) e Ceará (37,20). São Paulo ocupa a última posição, com 7,31.
O mês mais violento em Roraima foi agosto, com 16 mortes. Os menos violentos foram os meses de outubro e novembro, ambos com 5 vítimas.
O secretário de Segurança Pública, Ellan Wagner, atribui esse resultado a uma combinação de fatores, como a qualidade do trabalho das forças de segurança, ações preventivas, estratégicas e os investimentos significativos realizados pelo Governo.
“Essa queda reflete diretamente o fortalecimento das ações de segurança pública. O aumento dos efetivos, capacitações e a valorização dos servidores contribuíram diretamente para os resultados alcançados. Profissionais mais bem equipados e valorizados entregam um serviço mais eficiente à população”, afirmou Ellan Wagner.
Os números refletem uma tendência contínua de queda desde 2018. Naquele ano, foram registradas 390 mortes violentas intencionais, reduzidas para 220 em 2019. Em 2023, o total caiu para 182, o menor número absoluto de mortes violentas entre os estados brasileiros. Os dados abaixo levam em consideração as mortes por intervenção policial.